quinta-feira, 26 de julho de 2012

Estresse e excesso de peso podem provocar infertilidade


Veja a lista de exames que podem identificar falhas no sistema reprodutor.
Alguns hospitais do país tratam problema de graça; confira quais são.

A dificuldade para ter filhos pode acontecer por uma série de motivos. Segundo estimativas dos médicos, na metade das vezes o problema é com a mulher. Em 35% dos casos, é o homem que apresenta alguma dificuldade. Nos outros casos, ou não há um motivo aparente ou aparece alguma causa mais rara.

A endometriose é considerada hoje a principal causa de infertilidade, não só entre as mulheres. O endométrio é a mucosa que reveste a camada interna do útero. Na endometriose, essa mucosa se forma em outras partes do corpo.

A doença causa uma alteração hormonal, o que faz com que a mulher ovule menos. As trompas, que ligam o ovário ao útero, tendem a grudar em outros órgãos e ficar estáticas, o que dificulta a chegada dos óvulos. Por fim, mesmo quando o óvulo é fecundado e chega ao útero, ele tem dificuldade para se fixar na parede do útero. A soma desses fatores faz da endometriose um potencial empecilho à fertilidade.

O exame que identifica a doença é chamado de histeroscopia. Ele permite ver dentro do útero e identificar também problemas como o pólipo e o mioma.

Em muitos casos, a endometriose pode ser resolvida por uma cirurgia chamada laparoscopia. Ela também é indicada para quem tem as trompas obstruídas ou aderências intestinais que atrapalhem a fecundação.

Nas mulheres que não têm a doença, em que o endométrio é formado dentro do útero, ele é naturalmente expelido a cada vez que não ocorre a gravidez – isso é a menstruação. Esse processo de eliminação pode ser acompanhado de dor, a famosa cólica.

A cólica deixa de ser normal quando impossibilita a mulher de exercer suas atividades normais do cotidiano ou quando dura mais de três dias. Nesses casos, é melhor procurar um médico, pois ela pode ser o sinal de algum problema – como a própria endometriose.

Estresse e excesso de peso

O estresse e o excesso de peso, dois problemas que refletem em quase todas as funções do corpo humano, também têm seu efeito sobre a fertilidade. Tanto nos homens quanto nas mulheres, o excesso de peso altera as taxas de hormônios ligados à reprodução.

Mulheres magras demais também podem apresentar dificuldades para engravidar. A falta de gordura no corpo inibe a produção de hormônios essenciais na reprodução, como o estrógeno.

Nos homens, a preocupação estética exagerada também pode causar infertilidade – o uso de anabolizantes prejudica o funcionamento dos testículos, resultando em uma produção de espermatozoides com baixa quantidade e capacidade de fecundação.

Já o estresse causa infertilidade porque bloqueia a comunicação hormonal e interfere no processo de ovulação das mulheres. Nos homens, causa problemas de impotência, dificuldades de ejaculação e alterações na qualidade dos espermatozoides.

Exames

Há uma série de exames disponíveis para testar a fertilidade do casal. Veja a lista abaixo:

Mulheres

- Exame de sangue: verifica os hormônios, a sorologia e doenças imunológicas.
- Cariótipo (exame de sangue): avalia se há alterações cromossômicas, que podem causar problemas reprodutivos do casal, como infertilidade, abortamentos de repetição e má-formação do bebê. Caso sejam diagnosticadas alterações cromossômicas, é possível programar um tratamento específico.
- Avaliação dos órgãos reprodutores: vagina, colo do útero, endométrio e trompas.
- Histerossalpingografia: este exame normalmente é solicitado após um ano de tentativa de engravidar. Ele avalia a cavidade uterina para verificar se há pólipos, miomas e aderências e também se as trompas estão obstruídas ou com alguma inflamação.
- Histeroscopia: este exame só é realizado quando o médico identifica alterações na cavidade uterina, como infecções, más-formações, aderências, pólipos e miomas.
- Culturas vaginais: pesquisa se há alguma infecção vaginal, pois algumas bactérias impedem a gravidez.
- Ressonância, videolaparoscopia e ultrassom específico: esses exames só são solicitados quando a mulher tem endometriose.

Homens

- Espermograma: exame feito em laboratório que detecta a quantidade, qualidade e morfologia do esperma liberado pelo homem durante a ejaculação.
- Cariótipo (exame de sangue): avalia se há alterações cromossômicas que possam causar problemas reprodutivos do casal, como infertilidade, abortamentos de repetição e má-formação do bebê. Caso sejam diagnosticadas alterações cromossômicas, é possível programar um tratamento específico.

Nas principais cidades brasileiras, hospitais públicos oferecem tratamento de fertilidade. Separamos alguns exemplos de hospitais que fazem isso, mas esses não são os únicos:

- Centro de Reprodução Assistida do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), antigo HMIB, em Brasília, vinculado à secretaria de saúde do DF;
- Centro de Referência em Saúde da Mulher, antigo Hospital Pérola Byington, em São Paulo, vinculado à secretaria de saúde do Estado de São Paulo;
- Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIPE), em Recife, uma instituição filantrópica de caráter público;
- Hospital Universitário de Ribeirão Preto/USP/SP;
- Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);
- Hospital das Clínicas de São Paulo.

Fonte: Bem Estar

segunda-feira, 23 de julho de 2012

SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama


O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário Oficial da União.

O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e 25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.

O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes, preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche. O mastologista Waldemir Rezende avisa:

— Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases. 

A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do ministério por força de lei. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.

A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$ 7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.

O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$ 266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de compra do Trastuzumabe. 

Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões. Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8 milhões dos cofres públicos.

Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A partir da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: R7 - Saúde

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ministério da Saúde alerta para segunda dose da vacina contra gripe em crianças


Outra metade da medicação deve ser tomada por quem tem de 6 meses a 2 anos 

O Ministério da Saúde alerta para que as crianças de seis meses a dois anos, que tomaram a primeira dose da vacina contra a gripe, voltem para receber a segunda metade do medicamento

A vacina é feita em duas metades — a primeira já foi dada, durante a campanha de vacinação, e a segunda será agora. 

Segundo o Ministério, não há data fechada, como na campanha, mas quem tomou a primeira dose já pode voltar para a segunda. 

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira que reforçará as medidas de controle contra a gripe H1N1, doença que já fez 108 vítimas neste ano.

A maioria dos casos foi registrada na região Sul do País, onde aproximadamente 1.800 pessoas contraíram essa doença desde janeiro.

O Ministério da Saúde confirmou que a incidência da gripe aumentou durante essas últimas semanas e, principalmente, com a chegada do inverno, que se estende até o dia 21 de setembro.

Nos últimos oito dias, nove pessoas faleceram por causa da gripe H1N1 no estado do Paraná, enquanto outras quatro mortes foram registradas no Rio Grande do Sul, regiões situadas próximas a tríplice fronteira com a Argentina, Uruguai e Paraguai.

Segundo as autoridades, a região Sul do País recebeu nos últimos dias cerca de 2 milhões de doses da vacina contra essa gripe, que serão distribuídas primeiramente entre os chamados "grupos de risco", que inclui mulheres grávidas, pacientes de doenças crônicas e crianças de seis meses a dois anos de idade.

Fonte: R7 - Saúde

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sindicato dos Médicos questiona microchip em jaleco

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Dispositivos controlam a frequência e se o profissional deixou a instituição com o uniforme, o que aumenta o risco de infecção hospitalar 

O Sindicato dos Médicos vai entregar representação ao Ministério Público do Trabalho questionando a legalidade da instalação de microchips eletrônicos em jalecos para monitoramento de médicos da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Mesquita, na Baixada Fluminense.

Os dispositivos controlam a frequência e se o profissional deixou a instituição com o uniforme, o que aumenta o risco de infecção hospitalar. Os chips também serão aplicados em equipamentos e insumos, para "melhor controlar o patrimônio", informa a Secretaria de Estado de Saúde.

A medida causou desconforto entre médicos e funcionários e levou o sindicato a entrar com a representação. O principal argumento é que a secretaria já dispõe de meios "menos agressivos" para aferir a frequência, como o ponto eletrônico e o ponto biométrico. O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, opina:

— É assédio moral porque o governo pressupõe que o servidor está ali para roubar e para burlar a escala de trabalho.

Darze afirma ainda que as unidades de saúde têm vigilantes, que controlam a entrada de pacientes. O médico comparou o chip às tornozeleiras usadas por presidiários em liberdade condicional.

— Esse profissional pode lembrar ao médico que ele está deixando a UPA com o jaleco. Mas a melhor forma de reduzir a infecção hospitalar é com programas de prevenção.

Segundo a secretaria, a decisão de colocar o chip foi da organização social que administra a UPA.

— Ela precisa cumprir metas e achou por bem instalá-lo. O foco não é a frequência do médico, mas sim o controle da infecção hospitalar", diz a coordenadora da enfermagem da secretaria, Silvana Pereira. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: R7 - Saúde, por: Clarissa Thomé

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Malhar duas vezes por semana oferece proteção contra o Alzheimer


Exercício melhora função cerebral de pacientes com deficiência cognitiva leve, condição precursora da doença degenerativa

Musculação duas vezes por semana melhora função cerebral de pacientes com deficiência cognitiva leve (MCI - sigla em inglês) - condição precursora do Alzheimer. É o que sugere estudo conduzido na University of British Columbia, no Canadá.

"Malhar duas vezes por semana pode ser uma estratégia promissora para alterar a trajetória de declínio cognitivo entre idosos", diz a líder do estudo Teresa Liu-Ambrose. "A MCI é uma janela crítica para intervenções contra o Alzheimer."

A pesquisa comparou efeitos de duas sessões semanais de musculação, exercícios aeróbicos e aulas de tonificação sobre a função cognitiva executiva em mulheres com idade entre 70 e 80 anos, com risco de MCI. O ensaio clínico randomizado foi realizado durante seis meses.

Comparado com a prática de exercícios aeróbicos e de tonificação, a musculação mostrou causar melhoras significativas na função cerebral dos voluntários. Resultados se baseiam na aplicação do Teste de Stroop e de uma tarefa de memória. A musculação também levou a mudanças funcionais em três regiões do cérebro envolvidas na memória. Em contraste, o grupo que praticava exercícios aeróbicos não demonstrou melhorias semelhantes.

No entanto, os pesquisadores descobriram que o treinamento aeróbico melhora o desempenho em uma diferente tarefa de memória, chamada Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey (RAVLT). "Sendo assim, ambos grupos de exercícios resultam em melhores pontuações em testes de memória, mas de diferentes tipos de memória. Mais pesquisas são necessárias para determinar os diferentes efeitos destes dois tipos de treinamento", conclui a pesquisadora envolvida no projeto Lindsay Nagamatsu.

Fonte: ISaúde

Aprenda a reconhecer os sinais de um derrame cerebral

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Neurologistas afirmam que, se uma vítima de derrame foi atendida nas primeiras três horas, todos os sintomas ou possíveis sequelas podem ser revertidas. Porém, nem todo mundo consegue reconhecer que uma pessoa está sofrendo um derrame

Alguns testes simples podem ser feitos para detectar o problema. O mais novo sinal de derrame é identificado ao pedir que a pessoa ponha a língua para fora. Se a língua estiver torcida e sair por um lado ou por outro da boca é sinal de derrame.

Outra forma indicada pelos médicos para identificar o problema é guardar três letras S, T e R, que representam as palavras em inglês Smile (sorria), Talk (fale) e Rice yours Arms (mexa seus braços).

Se ele ou ela têm algum problema em realizar qualquer destas tarefas, chame a emergência imediatamente e descreva-lhe os sintomas, ou leve a pessoa rapidamente a um pronto-socorro ou hospital.

O que se deve saber sobre um derrame?

Derrames acontecem rapidamente ou podem ocorrer ao longo de várias horas, com a situação piorando continuamente. O coágulo que está causando o derrame pode frequentemente ser dissolvido ou desintegrado, de forma que o sangue possa fluir novamente para o cérebro.

Nesses casos, o tratamento imediato pode significar a diferença entre um dano leve e uma deficiência grave permanente. Com o uso de medicamentos e outras tecnologias, os médicos podem parar a progressão de um derrame e limitar muito os seus danos.

Sintomas de um derrame:

- Repentina paralisia, enfraquecimento ou falta de sensibilidade no rosto, braço ou perna - normalmente em um dos lados do corpo;
- Repentina dificuldade de falar ou de entender a fala (afasia);
- Problemas repentinos de visão, incluindo o embotamento, a visão dupla ou a perda da visão;
- Vertigens repentinas, perda de equilíbrio ou perda de coordenação;
- Uma forte e repentina dor de cabeça, que pode ser acompanhada de uma rigidez na nuca, dor facial, dor entre os olhos, vômitos ou alteração de consciência;
- Confusão ou problemas de memória, orientação espacial ou percepção.

Fonte: VilaEqulíbrio - Por Carmem Sanches



terça-feira, 10 de julho de 2012

Amamentação reduz gordura corporal mesmo décadas após o parto

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Pesquisa mostrou que para cada seis meses de amamentação, houve uma redução de 1% no IMC das mães a longo prazo



Mulheres que amamentam seus filhos têm um menor índice de massa corporal (IMC), mesmo décadas após o parto, de acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

A pesquisa, publicada no International Journal of Obesity, revela que quanto mais filhos uma mulher tem, maior sua chance de engordar. No entanto, o excesso de peso foi menor em mulheres que haviam amamentado, independentemente de quantas vezes elas tinham engravidado.

O estudo mostrou que para cada seis meses de amamentação, houve uma redução de 1% no IMC, mesmo depois de considerarem outros fatores conhecidos por afetar a obesidade como falta de exercício e fumo.

"Nossa pesquisa sugere que apenas poucos meses de amamentação pode reduzir o risco de obesidade na vida adulta. A redução no IMC pode parecer pequena, mas se espalhada por toda a população do Reino Unido pode significar menos cerca de 10 mil mortes prematuras por década por condições relacionada à obesidade, tais como diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer", observa a pesquisadora Dame Valerie Beral.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a amamentação pode ajudar as mulheres a perder peso acumulado durante a gravidez nos meses imediatamente após o nascimento, mas poucos estudos têm abordado a relação a longo prazo.

Para o trabalho, os pesquisadores avaliaram 740 mil mulheres com idade média de 57,5 anos e IMC médio de 26,2 kg/m2.

A maioria das mulheres teve pelo menos um filho e destes 70% haviam amamentado, em média, durante 7,7 meses.

Apesar dos resultados positivos, a equipe afirma que mais pesquisas são necessárias para descobrir se esse efeito é observado em outras populações, particularmente nos países em desenvolvimento.

Fonte: ISaúde.net