segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase: saiba o que é, os sintomas e como se cuidar

O EAD - Enfermagem a Distância apoia essa luta!

Neste domingo (27) foi lembrado como o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase.



Você sabe o que é hanseníase? 

É uma doença que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois e até mais de dez anos. A hanseníase pode causar deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato.

O Brasil está em segundo lugar na taxa de hanseníase. Cada município é responsável pelo tratamento do paciente, feito de forma gratuita, pela atenção básica de saúde. É importante que seja feito o diagnóstico precoce.

Saiba mais sobre a Hanseníase

Como se transmite: por meio das vias respiratórias (tosse e espirro). A principal fonte de transmissão da doença é a pessoa doente que ainda não recebeu tratamento medicamentoso. A hanseníase não se passa por abraços, aperto de mão e carinho. Em casa ou no trabalho, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos.

Como saber se está com a hanseníase: olhe para o seu corpo e procure observar, nos braços e mãos, nas pernas e pés, no rosto, nas orelhas, nas costas, nas nádegas, os sinais e sintomas da doença.

Sintomas: uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos; engrossamento do nervo que passa no cotovelo, levando à perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do quinto dedo; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; áreas com diminuição dos pelos e do suor; cortar-se ou queimar-se sem sentir dor.

Fonte: Tudo sobre.com

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mulheres devem esperar um ano para engravidar após cirurgia bariátrica


Gravidez e cirurgia bariátrica

Mulheres submetidas a cirurgia para perda de peso devem esperar pelo menos 12 meses antes de tentar ter um bebê.

Além disso, elas precisam de informações detalhadas e aconselhamento sobre questões reprodutivas.

A recomendação foi feita por especialistas que revisaram casos documentados em artigos científicos sobre o assunto.

O levantamento focou-se na segurança, vantagens e limitações da cirurgia bariátrica envolvendo as pacientes antes, durante e após a gravidez.

Os especialistas disseram-se preocupados com a crescente associação entre gravidez e cirurgia bariátrica na medida que a obesidade já atinge 24,2% das mulheres em idade reprodutiva, número que deverá chegar a 28,3% em 2015.

Melhor que obesidade

A obesidade aumenta o risco de complicações obstétricas.

Assim, a gravidez após a cirurgia bariátrica é mais segura do que a gravidez de mulheres com obesidade mórbida, afirma o estudo.

Um estudo anterior, abordando a gravidez após a cirurgia de redução do estômago, mostrou que 79,2% das participantes não apresentaram nenhuma complicação durante a gravidez, ainda que 20,8% dos "outros casos" seja um número elevado.

De fato, pode haver complicações durante a gravidez após a cirurgia bariátrica.

Outro estudo documentou a ocorrência de deslizamento e migração da banda gástrica, o que resulta em vômitos severos - o vazamento da banda foi relatado em 24% das gestações.

Informações sobre os riscos

Com base em todas as evidências, os especialistas recomendam que as pacientes não devem engravidar pelo menos por 12 meses após a cirurgia bariátrica.

"A gravidez após a cirurgia bariátrica é mais segura do que a gravidez em mulheres com obesidade mórbida. As mulheres que fizeram cirurgia bariátrica geralmente toleram bem a gravidez. No entanto, há riscos envolvidos e as pacientes devem estar bem informadas," disse o Dr. Jason Waugh, responsável pela publicação do estudo.

Fonte: Diário da Saúde

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vacina oral utiliza vírus para eliminar células do câncer de mama


Abordagem pioneira pode ser usada como ferramenta de prevenção em indivíduos em maio risco para a doença

Uma nova vacina oral que ataca o sistema imune das células do câncer pode ser eficaz na prevenção da recorrência de câncer de mama, de acordo com pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos EUA.

Este é o primeiro relato científico da administração oral de um único vírus conhecido como vírus recombinante adeno-associado (AAV), como uma vacina contra o câncer.

A pesquisa foi descrita na revista Molecular Therapy.

Embora outras vacinas orais contra o câncer de mama tenham sido estudadas em modelos animais, elas levantaram preocupações quanto à segurança humana, porque usaram bactérias conhecidas por ter efeitos nocivos para a saúde.

A equipe de pesquisa, liderada por Jason Steel, procurou desenvolver uma vacina usando AAV, um vírus que tem sido demonstrado que têm o mínimo efeito negativo sobre a saúde humana e atualmente é investigado como uma plataforma de terapia génica para o tratamento de desordens genéticas hereditárias.

"AAV é especial porque o vírus sobrevive no estômago. Normalmente, você introduz um vírus pela boca e ele é discriminado no estômago. Este vírus é resistente à ruptura, o que abre a possibilidade de administração por via oral como uma vacina contra o câncer", explica Steel.

Os pesquisadores testaram duas cepas de AAV, uma que foi capaz de escapar do estômago e entrar na corrente sanguínea, e outra que ficou no estômago. Os estudos foram conduzidos para mostrar o impacto tanto de curto prazo e de longo prazo sobre a redução dos tumores do câncer de mama. A equipe também avaliou que método de entrega foi mais eficaz, o oral ou a injeção intramuscular tradicional.

"A cepa que permaneceu no estômago foi mais eficaz na prevenção de tumores de câncer de mama do que a cepa que viajou pela corrente sanguínea, 100 % dos participantes do estudo não tinham tumores mais de um ano após o tratamento. Além disso, mostramos que a entrega por via oral entrega foi mais eficaz, resultando em uma resposta imune mais forte, com aumento de 100% dos anticorpos anti-tumorais e uma maior sobrevida", observa Steel.

Segundo os investigadores, esta vacina oral baseada em AAV tem um potencial como uma ferramenta de prevenção do câncer de mama em indivíduos considerados com risco aumentado para a doença.

Fonte: ISaúde.Net

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Células-tronco podem ajudar a controlar arritmias cardíacas

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Pesquisa tem potencial para levar a tratamentos individualizados para pessoas com síndrome do QT longo

Pesquisadores da Columbia University Medical Center, nos EUA, descobriram que células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) podem ajudar a gerenciar arritmias cardíacas em pacientes com síndrome do QT longo (SQTL), doença cardíaca congênita.

Os resultados, que aparecem no The Journal of General Physiology, podem levar a melhores tratamentos para SQTL e outras canalopatias, doenças causadas por distúrbios na função do canal iônico.

Células iPSCs, geneticamente reprogramadas para funcionar como células estaminais embrionárias, fornecem uma ferramenta valiosa para o estudo de doenças e o desenvolvimento de terapias personalizadas.

A equipe usou iPSCs diferenciadas em cardiomiócitos (iPSCs-CMs) para estudar a base fisiológica das arritmias em um paciente de quatro anos de idade, com SQTL. A doença, que pode provocar arritmias que levam a convulsões e morte súbita é causada por uma mutação em qualquer um dos vários genes que codificam os canais iônicos cardíacos e suas proteínas relacionadas.

No caso analisado, a criança tinha mutação no gene SCN5A, que codifica um canal de sódio, e um polimorfismo no gene KCNH2, que codifica um canal de potássio. Usando análises das iPSCs-CMs derivadas da criança afetada e de seus pais, os pesquisadores determinaram que as arritmias foram causadas pela mutação do SCN5A.

Eles realizaram mais testes in vitro utilizando as iPSCs-CMs para identificar o regime mais apropriado para corrigir a atividade associada com defeitos no canal de íons. Os resultados mostram a promessa para utilizar iPSC como base para o desenvolvimento de terapias com drogas individualizadas para pacientes com SQTL e outras canalopatias.

Fonte: ISaúde.Net

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Fadiga mental pode ser vista em imagens do cérebro



Mudando seu próprio cérebro

Pesquisas recentes têm mostrado efeitos fisiológicos no cérebro gerados por mudanças comportamentais.

Esses efeitos são gerados por terapias para corrigir a gagueira ou por virtudes como o altruísmo, mas têm sido documentados mais fortemente como resultados da meditação.

Com esses resultados no campo benéfico, os cientistas passaram então a se interessar se os efeitos negativos dos comportamentos e condições de vida poderiam igualmente ser vistos no cérebro.

E o resultado foi mais conclusivo do que se esperava.

Fadiga mental

Todos nós já experimentamos o sentimento de exaustão mental, depois de um esforço excessivo no trabalho ou nos estudos.

O que Bui Ha Duc e Xiaoping Li, da Universidade Nacional de Cingapura, queriam saber era se a exaustão mental poderia ser diagnosticada mediante um exame de imageamento cerebral.

Eles usaram exames de ressonância magnética funcional (fMRI) para monitorar a atividade do cérebro de estudante entre 19 e 25 anos que ficaram realizando tarefas durante 25 horas, sem dormir.

As imagens foram coletadas quatro vezes ao longo do período - 9 da manhã, 2 da tarde, 3 da manhã e novamente 9 da manhã do dia seguinte - de forma a tentar documentar o impacto progressivo da fadiga mental sobre o cérebro.

Cérebro cansado

A equipe verificou que o aumento na fadiga mental leva à diminuição gradual da atividade no cérebro dos voluntários em regiões específicas: no giro cingulado anterior e no córtex temporal frontal inferior direito, médio frontal esquerdo e superior direito.

O córtex cingulado anterior tem sido descrito como uma interface entre a motivação, a cognição e a ação, estando envolvido no uso do reforço da informação para controlar o comportamento.

As imagens do cérebro sugerem que a menor atividade nesta parte do cérebro está, portanto, ligada a essas sensações familiares de fadiga mental, incluindo a letargia e a lentidão de raciocínio.

Cura para a fadiga mental

"A pesquisa fornece uma base neurofisiológica para medir o nível de fadiga mental por exames EEG, bem como para a intervenção por meio de estimulação neural não-invasiva para manter a vigília," diz a equipe.

O grupo agora está desenvolvendo equipamentos voltados para a estimulação neural dessas regiões do cérebro, de forma a contrabalançar os efeitos da fadiga mental.

Quem não quiser comprar os aparelhos poderá se submeter a uma boa noite de sono.

Fonte: Diário da Saúde

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Papanicolau pode detectar câncer de ovário e endométrio, sugere estudo



Novo tipo de exame utilizaria fluido extraído do colo do útero.
Pesquisa sobre a técnica foi publicada nesta semana em revista científica.

Reprodução papanicolau (Foto: Reprodução)
Imagem simula exame de papanicolau no colo do útero (Foto: Reprodução)

O exame de papanicolau, um exame de rotina que as mulheres devem se submeter a cada um ou dois anos para detectar o câncer de colo do útero, pode ajudar a identificar outros tipos de câncer, de acordo com uma pesquisa americana divulgada.

O novo exame utilizaria o fluido extraído do colo do útero para examinar a presença de determinadas mutações específicas do câncer. Desta forma, os cientistas esperam identificar o câncer de ovário e de útero, dois dos carcinomas mais comuns e mortais que, até o momento, não eram detectados em um exame de rotina.

Atualmente, o papanicolau detecta apenas o vírus do papiloma humano (HPV) e o câncer do cólo do útero. No estudo piloto, o exame foi capaz de detectar com precisão 24 tipos de câncer de endométrio, com uma taxa de êxito de 100%, de acordo com os resultados publicados na quarta-feira na revista "Science Translational Medicine".

O exame também encontrou nove dos 22 tipos de cânceres de ovário, uma taxa de sucesso de 41%, durante o estudo piloto. E, em nenhum caso, as mulheres saudáveis do grupo de controle foram diagnosticadas com câncer.

Os cientistas advertiram, contudo, que o novo estudo deve ser testado em um grupo muito maior antes de ser colocado à disposição do público. Mas consideram que o exame pode ser uma ferramenta poderosa na luta contra o câncer de ovário e câncer endometrial.

O câncer de ovário provoca mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino, de acordo com a agência de saúde CDC, acrescentando que o tratamento é mais eficaz quando detectado em seus estágios iniciais.

O câncer de endométrio é o mais comumente diagnosticado, de acordo com o CDC, e também é melhor tratado quando diagnosticado precocemente. De acordo com especialistas, o preço do exame pode ser semelhante ao exame do vírus HPV, que custa nos Estados Unidos cerca de US$ 100.

A cada ano, cerca de 70.000 mulheres americanas são diagnosticadas com câncer de ovário ou câncer de endométrio, e cerca de um terço delas morre disso, indicaram os autores do estudo.

Fonte: Bem - Estar

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Mãe quase morre após pedaço de unha ou cabelo cair em corrente sanguínea


Complicação conhecida como embolia do líquido amniótico fez com que Angela Cottam precisasse de 22 transfusões de sangue 


Nascidas prematuras e com complicações, a gêmeas Amelie e Ava conseguiram ser sobreviver graças ao oxigênio fornecido na hora do parto. Mas elas não foram as únicas a ter sorte por estarem vivas. Sua mãe, Angela Cottam, quase morreu depois de uma suposta unha ou pedaço de cabelo de uma das bebês ter caído em sua corrente sanguínea durante o parto.

A complicação rara fez com que a britânica de 32 anos sofresse uma hemorragia interna e apresentasse complicação nos pulmões, que pararam de funcionar, segundo o site do jornal "Daily Mail".

A professora primária que vive no País de Gales perdeu quase 3,5 litros de sangue e precisou de 22 transfusões. Além disso, ficou horas em coma.

Angela, que já tinha Olivia, de 4 anos, foi internada no hospital com pré-eclâmpsia — condição na qual a pressão da gestante aumenta bastante.

Os médicos decidiram então que as bebês, hoje com oito meses de idade, deveriam nascer antes que o estado de saúde da mãe piorasse. O trabalho de parto corria normalmente até que ela começou a tossir e ter dificuldades para respirar.

Os médicos perceberam que seus pulmões estavam parando de funcionar e ela estava sofrendo de uma rara complicação, conhecida como embolia do líquido amniótico, que ocorre quando o líquido que envolve os bebês durante a gestação cai na corrente sanguínea da mãe através dos vasos sanguíneos do útero.

Assim, um pedaço de unha ou cabelo das bebês que estava no líquido, caiu na corrente sanguínea e foi transportado até os pulmões, provocando uma reação alérgica severa. Na tentativa de salvar as bebês diante do quadro grave, os médicos passaram então para cesariana.

As gêmeas foram salvas a tempo, mas a mãe precisou de transfusões para recuperar o sangue perdido. Apesar disso, ela ficou em coma e acordou 12 horas mais tarde.

Ela pôde segurar as gêmeas um dia depois do nascimento. 

Fonte: Notícias R7

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Mioma aumenta fluxo menstrual e pode levar à falta de ferro no sangue


Anemia pode causar fraqueza, prejudicar a memória, atenção e aprendizado.
Cirurgia de remoção do útero pode curar a anemia ao retirar os miomas.

A anemia causada pela deficiência de ferro no organismo provoca fraqueza, desânimo, falta de atenção, queda de cabelo e também prejudica a memória, o aprendizado e o desenvolvimento.

Porém, a causa desse problema nem sempre é a alimentação e por isso deve ser investigada, como alertaram o ginecologista José Bento e o hematologista Rodolfo Cançado no Bem Estar desta segunda-feira (7).

Uma das possíveis causas da anemia são os miomas nas mulheres. Eles aumentam o fluxo menstrual e há uma perda intensa de sangue, o que pode levar à carência ou ausência de ferro no organismo. Nesse caso, a histerectomia, cirurgia de remoção do útero, pode resolver o problema já que consegue retirar esses miomas.

Apesar de ser a cirurgia mais comum entre as mulheres, a histerectomia deve ser o último recurso contra doenças e outras complicações.

Existem técnicas que retiram apenas a parte superior do útero e mantém o colo, porém mesmo assim, a irrigação dessas regiões pode se prejudicar e a mulher pode sentir sintomas como calor e perda da libido – em alguns casos, a histerectomia causa também dor na relação sexual.

É regra que na cirurgia se preserve os ovários, a não ser que eles também estejam com algum problema. Após a operação, a mulher não vai mais menstruar e não poderá ter mais filhos, mas poderá manter a qualidade de vida.

Já nos homens, a perda de sangue pode acontecer por causa de doenças inflamatórias ou câncer no intestino. Essa inflamação intestinal pode dificultar a absorção do ferro, o que causa a anemia em grande parte dos adultos.

Para evitar o problema, seja qual for sua causa, é importante detectar antes a carência de ferro no sangue através de um exame simples, barato e disponível no SUS, que avalia os níveis de ferritina, um marcador do estoque de ferro no fígado. Se diagnosticada essa carência, o médico deve agir o quanto antes para impedir que ela evolua para uma deficiência da substância.

Se for diagnosticada a anemia e descoberta sua causa, o médico pode orientar o tratamento da melhor maneira, com a ajuda também de um nutricionista que pode passar uma suplementação de ferro para o paciente seguir corretamente.

Fora isso, a alimentação também pode ajudar com a ingestão de carnes, como o fígado, e a ingestão de vegetais e frutas, como brócolis, espinafre, couve, rúcula, limão e laranja.

Fonte: Bem - Estar

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Menopausa está ligada a problemas de memória e raciocínio, diz estudo


Dificuldades ficam mais agudas no primeiro ano após última menstruação.
Pesquisa americana observou 117 mulheres divididas em quatro categorias.

Depressão é um dos sinais ligados à menopausa (Foto: Ian Hooton/I2H/Science Photo Library/Arquivo AFP)

Problemas de memória, raciocínio e outras funções ligadas à cognição que afetam muitas mulheres entre os 40 e 50 anos de idade parecem ser mais agudos no período imediatamente após a menopausa, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (3) pela revista científica "Menopause".

"As mulheres, durante essa fase de transição, se queixaram por muito tempo de dificuldades cognitivas, como se lembrar de informações ou realizar tarefas que eram de rotina", disse a neuropsicológa e principal autora do estudo Miriam Weber, do Centro Médico da Universidade de Rochester, nos EUA.

"A pesquisa indica que esses problemas não só existem, mas se tornam mais evidentes nas mulheres no primeiro ano após seu último período menstrual", acrescentou.

O estudo observou 117 mulheres agrupadas em quatro categorias: etapa reprodutiva final (quando a paciente começa a notar mudanças em seu período menstrual), transição adiantada à menopausa, transição final à menopausa e etapa pós-menopausa adiantada.

As participantes passaram por vários testes para avaliar suas destrezas cognitivas, os sintomas relacionados a essa fase – como transtornos de sono, depressão e ansiedade – e um exame de sangue para determinar seus níveus do hormônio sexual estradiol, um indicador dos níveis de outro hormônio feminino, o estrogênio.

Os pesquisadores observaram que as mulheres na etapa pós-menopausa tinham um desempenho pior nas mediações de aprendizagem e memória verbais e destreza motriz que as voluntárias nos outros três períodos.

Além disso, o estudo identificou que os sintomas comunicados pelas mesmas mulheres, como depressão, ansiedade e dificuldades para dormir, não estão vinculados necessariamente com problemas de memória.

"Essas conclusões indicam que a deterioração cognitiva durante o período de transição é um processo independente, mais do que uma consequência da perda de sono ou depressão", acrescentou Miriam.

"Apesar dos níveis absolutos de homônio poderem ser vinculados à função cognitiva, é possível que as oscilações que ocorrem durante esse período desempenhem um papel nos problemas de memória de muitas mulheres", disse a pesquisadora.

"O mais importante é assegurar para as mulheres que esses problemas são normais e muito provavelmente passageiros", destacou Miriam.

Fonte: Bem-Estar