sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Consumo diário de pão previne aparecimento de doenças cardiovasculares

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Pessoas que ingerem alimento branco ou integral têm baixos níveis de colesterol ruim e menor concentração de insulina no sangue

Fibras encontradas no pão branco e integral melhoram perfil lipídico e podem ser determinantes para a saúde cardiovascular, revela estudo.
Fibras encontradas no pão branco e integral melhoram perfil lipídico e podem ser determinantes para a saúde cardiovascular, revela estudo.

Estudo realizado por pesquisadores da, na Espanha, mostrou que o consumo de pão, especialmente integral, pode prevenir doenças cardiovasculares.

O estudo identificou os fatores metabólicos que são possivelmente relacionados aos efeitos benéficos do pão sobre o perfil lipídico e sobre a saúde cardiovascular de seus consumidores.

A equipe, liderada por Rafael Llorach, examinou o impacto do consumo de pão (branco e integral) em 275 voluntários mais velhos com alto risco de problemas cardiovasculares.

Os resultados mostraram que o consumo diário de pão, especialmente de farinha integral, tal como um elemento de uma dieta equilibrada, é associado a um perfil lipídico saudável, com níveis mais baixos de insulina no sangue.

"O estudo metabolômico nos levou a identificar os fatores metabólicos potenciais escondidos por trás dos efeitos positivos que o consumo do pão tem sobre o perfil lipídico e que pode ser determinante para uma melhor saúde cardiovascular", afirma a pesquisadora Cristina Andrés-Lacueva.

Os autores identificaram um metabólito relacionado à atividade de PPAR-alfa, receptor nuclear envolvido no metabolismo lipídico que é gerado nos consumidores de pão integral.

O estudo sugere que as pessoas que consomem diariamente pão, branco ou integral, mostram um perfil lipídico saudável, com baixos níveis de colesterol LDL (ruim) e níveis mais elevados de colesterol HDL (bom) do que as pessoas que consomem esporadicamente ou não consomem o alimento.

A equipe notou ainda que o consumo regular de pão está associado a uma menor concentração de insulina. "Este é um dos dados realmente importantes, quando o corpo não responde de forma correta para a ação da insulina, a glicose não pode atingir a parte interior das células e se acumula no sangue", explica Andrés-Lacueva. Este mecanismo de resistência à insulina, é um processo patológico fundamental no desenvolvimento do diabetes e também foi associado a um risco elevado de doença cardiovascular.

Os resultados do estudo coincidem com trabalhos científicos anteriores que mostraram um efeito preventivo derivado do consumo de fibras.

Fonte: Isaude.net

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Estudo brasileiro liga toxina presente em Alzheimer a depressão

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Cérebro com Alzheimer tem a substância que causa sintoma de depressão.
Estudo realizado por brasileiros da UFRJ foi publicado em revista científica.

Estudo realizado por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta pela primeira vez que uma toxina presente no cérebro de pessoas que sofrem de doença de Alzheimer pode provocar também sintomas da depressão.

A pesquisa, publicada na revista científica “Molecular Psychiatry”, mostra ainda que camundongos que receberam a toxina, chamada de oligômeros de Abeta, para simular sintomas de uma pessoa com Alzheimer e depressão, e que foram tratados com o medicamento antidepressivo fluoxetina apresentaram melhoras na perda de memória e nas alterações de humor.

O cérebro de pessoas com Alzheimer sofre acúmulo desta toxina, que ataca as sinapses, meio pelo qual acontece a comunicação entre um neurônio e outro.

O “ataque” ocasionado pelas toxinas deixa os neurônios desconectados e causa falhas de memória. “Já sabíamos que os oligômeros causavam essa falha de cognição. O que descobrimos é que, além disso, causam depressão”, explica Sérgio Ferreira, professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e autor responsável pelo estudo.

Segundo ele, testes foram feitos há dois anos com cem camundongos, avaliados em dois períodos distintos: durante as primeiras 24 horas após a aplicação da toxina e oito dias depois da injeção dos oligômeros.

Os resultados mostraram que as cobaias apresentaram perda de memória e alterações compatíveis com comportamento depressivo. A conclusão foi obtida após a aplicação de testes que são utilizados comumente para diagnosticar casos de depressão em roedores, como o nado forçado, suspensão do camundongo pela cauda e preferência pelo açúcar.

Nos dois primeiros tipos de testes, o roedor saudável luta para sobreviver (seja para sair do ambiente com água ou tentar reverter sua posição ao ficar pendurado), enquanto o camundongo depressivo apresenta poucas reações. Já no terceiro teste, o roedor saudável busca a água com sacarose (açúcar), indicando que busca algo que lhe dê mais prazer. O camundongo doente não expressa reação quanto à água açucarada.

Em busca de tratamento

“A partir disto, começamos a pensar em uma forma de tratar os sintomas. Pensamos em utilizar antidepressivos, até que testamos a fluoxetina, utilizada atualmente no tratamento contra a depressão. Sabíamos que o medicamento causaria reação positiva quanto às alterações de humor, mas a nossa surpresa é que o remédio melhorou também a memória dos animais”, explicou.

De acordo com Ferreira, isso abre uma perspectiva de que a fluoxetina pode ser utilizada no tratamento de Alzheimer. “Não podemos dizer que é a cura, mas pode ser um tratamento. É a primeira descoberta na área, mas agora temos que fazer muitos estudos com animais, para chegarmos à conclusão de que esse tratamento pode funcionar com humanos”, disse.

De acordo com o pesquisador, no Brasil, 1 em cada 150 pessoas tem esta doença, que começa a se desenvolver com o avanço da idade. Estimativa dos especialistas da UFRJ é que entre 800 mil e 1,2 milhão de pessoas do país foram acometidas.

Geralmente, o Alzheimer pode apresentar sintomas a partir dos 65 anos. Idosos com idade a partir de 75 anos fazem parte do grupo de pessoas que mais podem ser afetadas pela doença. Pessoas que tiveram depressão ao longo da vida correm um risco maior de desenvolver Alzheimer quando mais velhos. Diabéticos também têm mais chance de serem afetados, principalmente pacientes com diabetes tipo 2.

O principal sintoma, além da depressão, é a perda de memória e a incapacidade de formar novas recordações, de acordo com Ferreira. “Nos casos de sintomas iniciais, a pessoa fica incapaz de reconhecer rostos que ele pode ter visto há pouco tempo ou ainda esquecer coisas recentes como, por exemplo, onde guardou as chaves”, explica o especialista.

Fonte: Bem -Estar

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sancionada lei para SUS atender paciente com câncer em até 60 dias


O texto publicado nesta sexta-feira (23) entra em vigor em 180 dias.
Se caso for grave, prazo pode ser menor. Lei prevê acesso a medicamentos.

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (23) lei que estabelece um prazo de até 60 dias para que pacientes com câncer recebam o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi publicado na edição desta sexta do "Diário Oficial da União".

Se o caso for grave, o prazo pode ser menor, destaca o texto. Esse intervalo de dois meses é contado a partir da confirmação do diagnóstico, e o tratamento pode ser cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. A lei também prevê acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos derivados do ópio (como morfina) a pacientes que sofram com dores intensas.

Os estados que possuem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para atender à demanda dentro do prazo estabelecido. A lei entra em vigor em 180 dias contados a partir desta sexta-feira (23), data da publicação.

A proposta inicial, feita em 1997 pelo ex-senador Osmar Dias, falava apenas sobre tratamento com remédios contra a dor. Na Câmara, o projeto foi ampliado para essa nova versão.

Segundo a relatora do substitutivo, a senadora Ana Amélia (PP-RS), a demora em começar um tratamento contra o câncer é o principal problema dessa terapêutica no Brasil. Na opinião dela, a aprovação do projeto trará grandes benefícios para as mulheres com câncer de mama.

Ana Amélia disse, ainda, que não se deve esperar que a aprovação da lei "resulte na extinção das mortes por câncer no Brasil", mas que o Estado fará sua parte para combater a doença.

Segundo um levantamento publicado pelo Tribunal de Contas da União em outubro de 2011, o tempo médio que o SUS leva para iniciar um tratamento de quimioterapia é de 76,3 dias após o diagnóstico. Na radioterapia, o tempo aumenta para 113,4 dias.

Dentro da recomendação médica

Para o oncologista clínico Aldo Lourenço Dettino, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, o período de dois meses entre o diagnóstico e o início do tratamento é adequado. Segundo ele, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de entre seis e oito semanas -- ou seja, a nova lei está de acordo.

O atraso para começar o tratamento pode dar tempo para que o câncer avance, por isso é importante começar rápido. "No mínimo, quanto antes começar, menor a ansiedade", apontou o especialista.

No entanto, ele ressaltou que o prazo de mais de um mês é necessário para que os médicos escolham o melhor tipo de tratamento para cada caso específico. A decisão entre, por exemplo, uma cirurgia ou a quimioterapia, depende de exames que demoram para ficar prontos.

"Sem ter todos os dados, você pode não julgar idealmente o risco clínico e o risco oncológico", ponderou Dettino.

Fonte: Bem-Estar

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

EUA aprova 'bomba cardíaca' para pacientes à espera de transplante

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Dispositivo ajuda o ventrículo esquerdo do coração enfraquecido a bombear o sangue rico em oxigênio para todo o corpo
Foto: PRNews/Heartware International, Inc. Heartware ajuda pacientes com insuficiência cardíaca avançada


A Food and Drug Administration dos EUA (FDA) aprovou o uso de um dispositivo de bombeamento para ajudar pessoas em estágio final de insuficiência cardíaca que aguardam um transplante de coração.

O Heartware Ventricular Assist System ajuda o ventrículo esquerdo do coração enfraquecido a bombear o sangue rico em oxigênio para o corpo.

Ao contrário dos dispositivos similares que necessitam que componentes sejam implantados no abdômen, o dispositivo Heartware é suficientemente pequeno para ser implantado como uma só unidade, perto do coração.

O dispositivos de assistência ventricular esquerda é projetado para uso dentro ou fora do hospital.

"Para pacientes que aguardam um doador de coração, o Sistema Heartware fornece uma nova opção de tratamento", afirma Christy Foreman, da FDA.

A aprovação foi concedida com base em um estudo clínico de 137 pacientes com insuficiência cardíaca avançada.

A possibilidade de reações adversas graves, incluindo acidente vascular cerebral e infecções, deve ser pesada contra a necessidade do dispositivo, de acordo com a FDA.

A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração é incapaz de bombear o sangue normalmente por todo o corpo. Fatores que podem levar a insuficiência cardíaca incluem pressão alta, estreitamento ou obstrução nos vasos sanguíneos do coração, e infecções do coração.

A doença é considerada em estágio final quando a condição subjacente permanece grave e não responde à terapia médica ou outras opções de tratamento. Aqueles com estágio final da insuficiência cardíaca podem precisar de um transplante de coração para sobreviver.

O dispositivo pode ser utilizado como uma "ponte" para estes pacientes até que um coração adequado esteja disponível.

O Heartware Ventricular Assist System é fabricado pela Heartware Inc., no estado de Massachusetts.

Fonte: Isaude.net

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Exame de câncer de mama em 3D tem maior precisão, diz estudo

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Tomossíntese capta diferentes ângulos para compor imagem tridimensional.
Técnica aprovada nos EUA em 2011 também reduz falsos positivos.

Novo exame associado à mamografia aumenta a
precisão do rastreio de câncer (Foto: Reprodução / TV Tem)

Uma técnica recente que usa imagens tridimensionais para rastrear o câncer de mama tem aumentado a precisão do diagnóstico e reduzido as taxas de resultados falsos positivos, segundo novo estudo publicado na revista científica "Radiology".

O exame, chamado tomossíntese, é o primeiro avanço importante na triagem das mamas desde o desenvolvimento da ressonância magnética para avaliar os seios, na opinião da principal pesquisadora, Elizabeth Rafferty, do Centro Avon para Compreensão do Câncer de Mama, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos EUA.

Ao contrário de uma mamografia digital, que envolve duas radiografias de cada mama, a tomossíntese – aprovada pela agência americana Food and Drug Administration (FDA) em fevereiro de 2011 – capta várias imagens de diferentes ângulos ao redor dos seios. Esse material é, então, usado para fazer uma reconstrução tridimensional da região.

A pesquisa envolveu 1.192 mulheres em cinco lugares diferentes, das quais 997 tinham dados completos. Cada uma das participantes foi submetida a uma mamografia digital padrão, seguida de uma tomossíntese – que pode ser feita no mesmo equipamento da mamografia e tem doses de radiação inferiores ao limite aprovado pela FDA.

Os autores então escolheram 622 casos e os dividiram em dois estudos: um com 312 mulheres e 48 casos de câncer, e outro com 310 mulheres e 51 registros de tumor. Doze radiologistas participaram do primeiro trabalho e 15 do segundo.

O uso conjunto da mamografia digital com a tomossíntese aumentou a precisão do diagnóstico para todos os médicos. No primeiro estudo, a precisão foi elevada em 10,7% e no segundo, em 16%. Já as taxas de falso positivo diminuíram 38,6% na primeira pesquisa e 17,1% na segunda – evitando, assim, a repetição desnecessária de exames.

A autora Elizabeth Rafferty destaca que os ganhos de sensibilidade ao usar técnicas combinadas podem ajudar principalmente na detecção de cânceres mais invasivos, com maior risco de metástase – quando a doença se espalha rapidamente para outros órgãos do corpo.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, há evidências de que a mamografia seja capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 40 e 74 anos. Apesar disso, cerca de 30% desse tipo de tumor não é detectado no exame.

Outros 10% das pacientes recebem um diagnóstico falso positivo, ou seja, quando o câncer não está presente no organismo, mas o primeiro resultado diz que sim.

Fonte: Bem - Estar

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Canadense de 58 anos 'aluga' barriga para dar à luz sétimo neto


Cathy Donnely ajudará filha que ficou incapaz de engravidar.
Gestação em mulheres com idade avançada envolve riscos, diz médico.

Cathy, à esquerda, é a avó canadense que vai se tornar
mãe para ajudar a filha. (Foto: Caters)

Cathy Donnely, uma canadense de 58 anos, vai ser avó pela sétima vez. O fato, que não chega a ser grande novidade, chamou a atenção da mídia internacional já que ela está grávida de seu próprio neto.

Cathy virou “mãe de aluguel” para sua filha, Shannon Fischer, que descobriu ser incapaz de engravidar devido a problemas no útero.

Avó de seis, Cathy, que vive na cidade de Londres, em Ontário, no Canadá, se sentiu mal por Shannon e o marido que acabou se oferecendo para gerar o novo membro da família.

“Apenas pensei: o que são nove meses da minha vida? Eles vão ter um filho pelo resto da vida deles”, disse.

Segundo a “mãe-avó”, o processo para engravidar envolveu altas doses de medicamentos para fertilidade.

“Eu estava na fila para tomar um café quando recebi um telefonema do meu médico informando que estava grávida. Comecei a gritar tanto, que as pessoas devem ter pensado que alguém próximo havia morrido”, explicou. A gestação é de uma menina, prevista para nascer em três meses.

Gravidez de risco

Michael Murray, especialista do Centro Médico de Fertilidade da Carolina do Norte, disse que já houve casos de mães que atuaram como substitutas para suas filhas na geração de filhos, mas são casos que, segundo ele, a comunidade médica não aconselha.

“Geralmente é uma amiga próxima ou a irmã que atuam como mãe de aluguel. Mulheres com idade acima de 45 anos, normalmente, podem não gozar de boa saúde”, disse. Ainda de acordo com o especialista, a gravidez para mulheres mais velhas é arriscada, com possíveis complicações como pressão alta, diabetes gestacional ou parto prematuro da criança.

Cathy aceitou ser mãe novamente mesmo sabendo dos riscos, mas admite que a gravidez não tem sido fácil – apesar de não ter apresentado complicações até o momento. A filha de Cathy, Shannon, disse que vai colocar no bebê o nome de Zoey Hope Catherine, em homenagem à mãe e avó.

Fonte: Bem-Estar

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tudo azul: Dia Mundial do Diabetes é comemorado hoje (14)

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Monumentos ficam iluminados para marcar a data e conscientizar a população sobre a doença 

Cor representa o céu unindo todos os países e a bandeira das Nações Unidas

Nesta quarta-feira (14), diversos monumentos no Brasil, como o Cristo Redentor e o Obelisco do Ibirapuera, e de vários outros países serão iluminados de azul para marcar o Dia Mundial do Diabetes e chamar a atenção da população sobre a necessidade de prevenção. A cor representa o céu unindo todos os países e a bandeira das Nações Unidas.

A data, escolhida por ser aniversário de Frederick Banting — um dos descobridores da insulina, tem como logo um círculo azul que representa vida e saúde. A iniciativa começou em 1991 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela IDF (Federação Internacional de Diabetes) como resposta ao aumento dos casos da doença no mundo. Em 2007, a ONU (Organização das Nações Unidas) abraçou a causa e incluiu oficialmente essa data no seu calendário.

Esse ano, o tema da campanha mundial é "Educação e Prevenção em Diabetes" que, como o próprio nome sugere, reforça a necessidade de educação sobre a doença e incentiva o aumento de programas de prevenção. Para o endocrinologista Dr. Balduíno Tschiedel, presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), só assim será possível combater essa epidemia global.

— O diabetes é uma doença crônica que cresce de forma desenfreada no mundo, especialmente por causa do aumento da obesidade e do sedentarismo. No entanto, é totalmente possível preveni-lo. Acredito que só com educação é que conseguiremos conscientizar a população da importância de adotar hábitos de vida saudáveis.

Os dados são alarmantes: três pessoas são diagnosticadas com diabetes a cada dez segundos, de acordo com dados da IDF. Os últimos números divulgados pela instituição em 2011 revelam que 366 milhões de pessoas da população adulta mundial vivem com a doença e esse número deve aumentar para 552 milhões de pessoas até 2030.

— Um dos grandes desafios das entidades médicas é conter o avanço da doença e, nos casos já diagnosticados, estimular a adesão ao tratamento para retardar o aparecimento das complicações, como infarto, cegueira e até amputações. Mas, apesar das barreiras, estou confiante de que venceremos essa batalha.

Fonte: R7 - Saúde

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Estudo identifica redes de genes ligadas à esquizofrenia


Análise ainda revelou que redes são similares às que agem no autismo.
Genes são muito ativos durante fase de desenvolvimento pré-natal.

A influência da genética sobre o aparecimento da esquizofrenia já era algo conhecido pela ciência. Um novo estudo publicado na revista "Nature Neuroscience", identifica duas redes de genes relacionadas à doença e, além disso, indica que há uma conexão entre ela e o autismo.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, analisaram com computadores uma coleção de centenas de mutações de genes que foram anteriormente identificadas como relacionadas à esquizofrenia. Os cientistas notaram que muitos desses genes, que antes eram considerados isolados, podem ser organizados nas duas redes. Também verificaram que essas redes são muito similares às ligadas ao aparecimento do autismo.

“Isso mostra como as redes genéticas do autismo e da esquizofrenia estão entrelaçadas”, observa Dennis Vitkup, do Centro Médico da Universidade de Columbia. A conclusão levanta o questionamento de como mutações nos mesmos genes podem influenciar o aparecimento de duas doenças muito distintas.

Partes de ambas as redes detectadas são muito ativas durante o desenvolvimento pré-natal, o que sugere que as mudanças no cérebro que causam a esquizofrenia numa pessoa ocorrem muito cedo.

A esquizofrenia é um distúrbio crônico que atinge o cérebro, causando alucinações e delírios. Há remédios eficazes para controlar as crises, afirmam os médicos, mas eles precisam ser tomados com frequência para evitar que o paciente tenha surtos e eles se agravem.

Além dos sintomas de delírio, o paciente pode ter a sensação de que uma voz está mandando que ele faça algo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial tem esquizofrenia.

Fonte: Bem -Estar




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sopro e arritmia podem ocorrer em qualquer idade; veja como prevenir

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Essas doenças do coração, muitas vezes, não apresentam sintomas claros.
Acompanhamento médico é essencial no tratamento e também prevenção.

Não há limite de idade e restrição de gênero para doenças do coração, como sopro e arritmia. Elas podem atingir qualquer pessoa e, na maioria das vezes, não apresentam sintomas claros, por isso o acompanhamento médico é essencial para identificar os sinais de alerta.

Além disso, saber o histórico de doenças da família também ajuda no diagnóstico precoce, que evita que essas doenças evoluam para complicações maiores, como explicaram a cardiologista Denise Hachul e a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta segunda-feira (12).

O sopro, por exemplo, pode provocar nenhum sintoma ou falta de ar, desmaios e inchaço nas pernas e na barriga. A doença acontece quando há disfunção das válvulas do coração, que causa um ruído mais abafado. A pessoa pode nascer com o problema ou adquiri-lo ao longo da vida por causa de doenças como febre reumática, rompimento dos pilares que prendem as válvulas do coração ou até mesmo por causa do envelhecimento.

Algumas crianças, no entanto, podem desenvolver sopros que desaparecem conforme elas crescem, como explicou a pediatra Ana Escobar.

Em alguns casos, os sopros são provocados por defeitos congênitos da formação das válvulas do coração ou pela falta de fechamento de orifícios do músculo cardíaco. Essas más formações podem ser corrigidas com cirurgia, como se fosse uma plástica do coração para corrigir os defeitos.

O diagnóstico é feito com o estetoscópio na visita ao médico, por isso a importância de ter sempre o acompanhamento. O tratamento depende da causa, gravidade e consequências da doença no coração e pulmão. Como no caso das crianças, as válvulas podem ser corrigidas com cirurgia ou substituídas por válvulas artificiais; já os orifícios podem ser fechados também com cirurgia ou pela colocação de “tampões” por meio de cateteres.

Já a arritmia altera a frequência do coração; podem ocorrer acelerações, desacelerações ou descompassos nos batimentos cardíacos.

Como no caso do sopro, qualquer pessoa pode ter arritmia, desde crianças a idosos. Entre os sintomas, estão palpitações, fraqueza, intolerância a exercícios físicos, falta de ar, tontura, desmaios e, em casos extremos, pode causar parada cardíaca e, consequentemente, morte súbita.

Mais de 80% das mortes súbitas são causadas por taquicardia, quando o ritmo do coração fica acelerado. Segundo a cardiologista Denise Hachul, casos de arritmia decorrentes de exagero no esporte são muito comuns. Normalmente, são arritmias ventriculares que, por causa da prática de esportes, são mascaradas e podem levar o atleta à morte súbita. Se a pessoa descobrir a doença, pode tratar treinando da maneira correta e pode até continuar a praticar esportes.

Para perceber irregularidades nos batimentos, nesse caso, a pessoa pode medir o próprio batimento após fazer exercícios físicos. Ou o diagnóstico pode ser feito por causa de queixas de palpitações ou desmaios. No exame clínico, o médico consegue perceber as alterações no ritmo do coração, que são confirmadas pelo eletrocardiograma.

Alguns tipos de arritmia têm cura total e outros têm apenas controle, feito com o tratamento adequado. A doença pode ser tratada com medicamentos, condicionamento físico ou cauterização dos focos por cateteres.

Fonte: Bem-Estar





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Excesso ou falta de higiene íntima feminina é prejudicial à saúde


Especialistas ensinam como manter a região genital livre de odores indesejados e infecções.

Excesso ou a falta de limpeza podem prejudicar o pH da vagina — grau de acidez que impede a ação de bactérias — e resultar em uma série de doenças

A falta de intimidade com o próprio corpo, segundo a psiquiatra Dra. Carmita Abdo, fundadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP (Universidade de São Paulo), reflete em atitudes muitas vezes equivocadas em relação à higiene íntima.

Segundo a médica, o excesso ou a falta de limpeza podem prejudicar o pH da vagina — grau de acidez que impede a ação de bactérias — e resultar em uma série de doenças.

— Muitas mulheres consideram a região genital “suja”, quando na realidade a secreção e o odor característicos fazem parte do corpo feminino e atuam como uma proteção às infecções. Inclusive esse cheiro natural costuma atrair os homens.

Pode parecer incoerente falar que em pleno século 21 a região genital feminina é pouco explorada por suas donas, mas a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), garante que ainda há muita vergonha e preconceito em ralação ao tema e que isso dificulta o progresso feminino.

— As brasileiras se preocupam tanto com a aparência física e com agradar o parceiro que esquecem a importância de cuidar de sua genitália. E esse cuidado vai muito além do banho, é preciso conhecer o próprio corpo.

A Dra. Carmita concorda com a colega e acrescenta que alterações na coloração do corrimento e no odor característico da vagina podem ser sinais de alguma doença.

— Quando o odor é mais forte, a secreção vaginal está amarelada e há coceira, dor ou ardência a mulher deve procurar o ginecologista.

Fonte: R7 - Saúde

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Inca diz que políticas contra o fumo evitaram a morte de 420 mil brasileiros

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Modelo matemático avaliou impacto de ações no país entre 1989 e 2010.
Conclusão é que leis antifumo, impostos e imagens fortes fizeram efeito.

Ação destaca efeitos do cigarro, como impotência e doenças terminais (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)

Cerca de 420 mil brasileiros deixaram de morrer por causa do fumo entre 1989 e 2010 devido às políticas públicas adotadas no período, segundo cálculos feitos por um modelo matemático americano adaptado ao país pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), cujos resultados foram publicados nesta terça-feira (6) na revista "PLoS Medicine".

As políticas públicas incluem a implantação de leis antifumo, aumento de impostos sobre cigarros, diminuição da publicidade de marcas nos meios de comunicação e as imagens fortes de doenças que podem acometer os fumantes publicadas nas embalagens.

Segundo o pesquisador da divisão de epidemiologia do Inca, André Szklo, de 1989 até 2050 seria possível salvar 7 milhões de brasileiros por parar de fumar ou nem começar. Além das mortes, as medidas evitariam vários tipos de câncer, problemas respiratórios e doenças cardiovasculares, entre outras.

"Se o país não tivesse implementado nenhuma política, em 2010, 31% da população seria fumante, ou seja, uma em cada três pessoas com 18 anos ou mais. Atualmente, com o que foi feito, temos 16,8% de fumantes. Essa diferença de quase 50% na prevalência representa muitas mortes que foram evitadas", avalia Szklo, que trabalhou em conjunto com a chefe da divisão do Inca, Liz Maria de Almeida.

Segundo as previsões do instituto, mesmo se nada mais for feito até 2050, a tendência é de que o número de fumantes no Brasil continue diminuindo e chegue a 10,3%. Caso o controle seja reforçado, com o preço do cigarro mais alto e uma maior restrição à publicidade, a vida de mais 1,3 milhão de pessoas poderia ser poupada nos próximos 38 anos – além das 7 milhões já calculadas.

"Mas não basta ter a lei, é preciso aplicá-la. Sabemos que adolescentes menores de 18 anos ainda conseguem comprar cigarro no país. Outro ponto é que, quanto menos pessoas fumarem no ambiente de trabalho e nos restaurantes, haverá uma norma enraizada de que aquilo é proibido e faz mal", diz o pesquisador do Inca.

Essa estratégia, na opinião de Szklo, serviria para "desnormalizar" o cigarro, que deixaria de ser visto como algo socialmente aceitável. O cientista cita como exemplo os antigos cigarrinhos de chocolate vendidos no Brasil, que poderiam estimular crianças e adolescentes a fumar e, desde 2002, foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: G1 - Ciência e Saúde


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Células-tronco ajudam a recuperar tecido do coração após infarto

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De acordo com pesquisa americana, células para tratamento podem ser do próprio paciente ou doadas

Terapia com células-tronco aumenta esperanças de recuperação do órgão

Terapia com células-tronco podem ajudar a reparar o coração de pacientes vítimas de infarto. De acordo com um novo estudo, publicado na revista American Medical Assn na segunda-feira, a técnica se mostra promissora, não importando se as células-tronco vêm do próprio paciente ou de um doador.

Por décadas, acreditava-se que áreas do coração gravemente danificadas por um ataque cardíaco não podiam ser reparadas. Mas o avanço de novas terapias celulares, com a injeção de células-tronco ou outros tipos de células na zona prejudicada, tem proporcionado novas esperanças de que a recuperação do órgão é possível.

De acordo com o jornal americano Los Angeles Times, existem, no entanto, problemas em relação aos procedimentos. O principal deles é em relação à obtenção das células pela medula óssea, que demanda procedimentos invasivos e dolorosos. Como pacientes que foram vítimas de infarto geralmente se encontram em um estado de saúde mais frágil que outros, uma opção seria utilizar células-tronco de outra pessoa.

Células doadas, no entanto, correm o risco de serem rejeitadas pelo organismo receptor, o que faz com que sejam menos seguras do que as células dos próprios pacientes vítimas de ataque cardíaco. No estudo, os pesquisadores da Universidade de Miami observaram 30 pacientes que havia sofrido ataque do coração no passado e continuavam tendo sintomas graves, como dificuldade de locomoção e desenvolvimento do tecido cicatricial significativo sobre o coração. Dos pacientes estudados, metade havia recebido células-tronco próprias, enquanto a outra parte estava sendo tratada com células doadas.

O estudo concluiu que a injeção de células doadoras era tão segura quanto a de células do paciente — um resultado importante que, caso se repita em outras pesquisas, pode mudar a forma como são tratados ataques do coração. Além de ser seguro, o tratamento funcionou bem: os pacientes obtiveram melhores resultados em um exame de caminhada, apresentaram redução do tecido cicatricial no coração e disseram sentir melhor qualidade de vida.

Fonte: R7 - Saúde

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ponte de safena é mais indicada para diabéticos após infarto, diz estudo


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Pesquisa comparou a técnica com a colocação de stent no coração.
Ponte de safena tem recuperação mais difícil, mas resultado compensa.

Um estudo norte-americano comparou duas das principais técnicas usadas na recuperação do infarto e concluiu que, para os diabéticos, a que funciona melhor é a que os médicos costumam evitar para os pacientes em geral.

No infarto, uma das artérias que levam sangue ao coração é bloqueada. A equipe de Valentin Fuster, da Faculdade de Medicina Monte Sinai, em Nova York, comparou a cirurgia de ponte de safena, que retira uma veia da perna para substituir a artéria bloqueada, com o stent, uma pequena mola que é colocada dentro da artéria para evitar que ela se feche normalmente.

A cirurgia de ponte de safena é muito mais invasiva e sua recuperação é mais lenta. Por isso, muitas vezes, os médicos preferem optar pela colocação do stent, em que não é preciso abrir o peito do paciente.

Porém, o novo estudo mostrou que, pelo menos para os diabéticos, a eficácia dos dois procedimentos não é a mesma. A pesquisa, publicada pelo “New England Journal of Medicine” e apresentada no encontro Sessões Científicas de 2012 da Associação Americana do Coração, acompanhou 1,9 mil pacientes adultos com diabetes.

Cinco anos depois, 26,6% dos pacientes com stent tinham tido algum novo infarto ou derrame, contra 18,7% dos que fizeram ponte de safena. O número de mortos no grupo com stent também foi maior: 16,3% a 10,9%.

Fonte: G1 - Ciência e Saúde

sábado, 3 de novembro de 2012

Novembro Azul - Mês de Combate ao Câncer de Próstata


O EAD - Enfermagem a Distância apoia essa luta! Entre nessa você também! 
O Outubro Rosa, mês de campanha à prevenção do Câncer de Mama saiu de cena e entrou o Novembro Azul, e neste mês, o alerta é para os homens, para observarem e combaterem o Câncer de Próstata, que hoje, é a causa mais comum de morte por câncer em idosos com mais de 75 anos.
Conforme pesquisas, o principal obstáculo ainda é o preconceito com relação ao exame.
É fundamental que todos os homens, a partir dos 45 anos de idade, realizem os devidos exames, como o de toque retal e o PSA (exame laboratorial). Um diagnostico precoce evita o agravamento da doença.
Assim como em outros casos, optar por uma alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos, são recomendações importantes para prevenir a doença.
Homens, cuidem-se! E mulheres, convençam a todos os homens próximos a vocês a realizarem os exames necessários. Lembrem-se: Prevenir é sempre o melhor remédio!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Testes podem detectar esquizofrenia no 'olhar', indica estudo


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Pesquisadores revelam método novo e mais simples para identificar a doença psicótica, com base no movimento dos olhos.

Movimento dos olhos pode indicar esquizofrenia, diz estudo (Foto: BBC)

Testes de movimento dos olhos ajudam a detectar a esquizofrenia, um distúrbio psicótico caracterizado por perda de afetividade e da personalidade, alucinações e delírios de perseguição.

Segundo estudo divulgado na última quarta-feira e publicado pela "Biological Psychiatry", um modelo de testes de olhar teve 98% de precisão em distinguir pessoas com e sem esquizofrenia.

A descoberta, dizem os pesquisadores, pode agilizar o diagnóstico da doença. Os autores do estudo, que pertencem à Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha, agora investigam se isso pode servir para que, identificado o mal, o tratamento dos sintomas seja feito com mais rapidez.

O estudo foi liderado pelos professores Philip Benson e David St Clair, que explicam que pesquisas prévias já indicavam a relação entre esquizofrenia e alterações no movimento dos olhos.

A pesquisa da Universidade de Aberdeen usou diversos testes de olhar, nos quais era pedido que voluntários acompanhassem com os olhos objetos que se moviam lentamente; que observassem uma variedade de cenas do dia a dia; e que mantivessem um olhar fixo sobre um alvo parado.

"As pessoas com esquizofrenia têm déficits já bem documentados na habilidade de acompanhar com os olhos objetos em movimento lento", explica Benson, em comunicado da universidade. "Seu movimento dos olhos tende a não acompanhar o objeto a princípio, e depois fazê-lo usando movimentos rápidos dos olhos".

O teste de cenas do dia a dia mostrou que "portadores de esquizofrenia têm um padrão anormal [de observação]", diz ele. No último teste, de fixar-se em um objeto parado, esses portadores "têm dificuldades em manter um olhar fixo".

A equipe de Benson e St Clair realizou seu estudo com 88 pacientes diagnosticados com esquizofrenia e 88 pessoas em um grupo de controle.

Diagnóstico clínico

Para Benson, "sabe-se há mais de cem anos que indivíduos com doenças psicóticas têm diversas anormalidades no movimento dos olhos. Mas, até a realização do nosso estudo, usando uma nova bateria de testes, ninguém pensou que essas anormalidades eram sensíveis o bastante para serem usadas como forma de diagnóstico clínico".

Seu colega St Clair explica à BBC Brasil que, atualmente, o diagnóstico da esquizofrenia é feito "apenas com [a análise] de sintomas e de comportamento", na ausência de exames de sangue ou de tomografias para isso.

"Se você tem sintomas de distúrbios, o diagnóstico é fácil. Mas há muitos pacientes [cujo diagnóstico] não é tão simples", agrega. "É [um procedimento] caro, que consome tempo e requer indivíduos altamente treinados. Em comparação, esses testes de olhar são simples, baratos e podem ser feitos em questão de minutos".

Segundo ele, isso significa que um modelo semelhante ao usado no estudo poderia ser aplicado em hospitais e clínicas. "O próximo passo é descobrir quando essas anormalidades são passíveis de serem detectadas pela primeira vez e se isso podem ser usado como pontos de referência para estudos de como intervir na doença".

Associações ligadas ao tratamento de esquizofrenia no Brasil dizem que a doença atinge 0,7% da população, o que pode equivaler a 1,2 milhão de pessoas.

Texto da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia (Abre) publicado no site do Programa de Esquizofrenia da Unifesp explica que a doença é causada "por alterações no funcionamento do cérebro e que traz grandes dificuldades sociais para a pessoa e sua família", por causar crises agudas que levam a delírios e alucinações.

Fonte: G1 - Ciência e Saúde