quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Pesquisa mostra que 68% das pessoas compram genéricos no país



Enquete sobre consumo nas farmácias ouviu 1.611 pessoas em 12 capitais.
De 1,6 mil entrevistados, 25% disseram que compram remédios de marca.

Medicamento genérico foi lançado a partir da Lei nº 9.787 de 10 de fevereiro de 1999 (Foto: Reprodução/Anvisa)
Medicamento genérico foi lançado a partir da Lei nº 9.787,
de 10 de fevereiro de 1999 (Foto: Reprodução/Anvisa)

Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha em 12 capitais brasileiras sobre o perfil dos consumidores em farmácias particulares aponta que 68% das 1.611 pessoas entrevistadas têm o hábito de comprar medicamentos genéricos.

Outros 25% dos homens e mulheres ouvidos – todos acima dos 18 anos – declararam adquirir remédios de marca. Entre a classe A, essa taxa subiu para 42%. Os demais indivíduos disseram usar outros tipos de drogas: similares, biológicas, manipuladas, homeopáticas e fitoterápicas. Os índices de cada um desses produtos, porém, não ultrapassaram os 2%.

O levantamento do Datafolha – feito entre os dias 6 e 7 de novembro e concluído no fim de dezembro do ano passado – revela, ainda, que 94% da população adulta entrevistada tem o hábito de fazer compras regularmente em farmácias e drogarias.

Entre o público que costuma frequentar as farmácias do país, segundo o Datafolha, 55% são mulheres, 65% têm entre 26 e 59 anos, 43% têm ensino médio e 23% concluíram o curso superior, 48% pertencem à classe C e 70% exercem alguma atividade remunerada.

Os resultados mostram também como os clientes identificam os vendedores e o farmacêutico responsável ao chegar ao local. Ao todo, 79% conseguem saber quem são os balconistas e 46%, quem é o farmacêutico.

A pesquisa quantitativa foi feita a pedido do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), instituição de pós-graduação centrada no mercado farmacêutico. Os participantes responderam a um questionário de 18 minutos de duração em pontos de fluxo de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Campo Grande, Goiânia, Belém e Manaus.

Fonte: Bem-Estar

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"Férias de remédios" prolongam vida do paciente


Dependência do medicamento

A introdução de períodos sem medicação em alguns tratamentos contra o câncer poderia manter os pacientes vivos por mais tempo, segundo indica um novo estudo.

A equipe de cientistas da Universidade da Califórnia e do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, investigava como as células de melanoma se tornavam resistentes a uma droga, o vemurafenib.

A droga pode reduzir o desenvolvimento de um tumor no curto prazo, mas ela logo se torna ineficaz.

Os tumores ganham resistência mudando a composição química dentro da célula. Porém, os pesquisadores descobriram que o processo de ganhar resistência deixa a célula cancerígena dependente da droga.

Quando as cobaias pararam de receber o medicamento, os tumores começaram a encolher.

Férias de remédios

Os cientistas usaram esse conhecimento para testar uma nova forma de prescrever o medicamento.

Em vez de tomar a medicação todos os dias, os camundongos passaram a receber a droga por quatro semanas, seguidas por duas semanas de "férias do remédio", antes de começar o mesmo padrão novamente.

"Notavelmente, a dosagem intermitente com vemurafenib prolongou a vida dos camundongos com tumores de melanoma resistentes a drogas", observa Efim Guzik, professor de biologia do câncer na Universidade da Califórnia.

"Ao procurar entender os mecanismos de resistência à droga, também descobrimos uma maneira de melhorar a durabilidade da resposta à droga", observa.

Menos efeitos colaterais

Para Mark Middleton, diretor do Centro de Medicina Experimental de Câncer da ONG Cancer Research UK, "os resultados sugerem uma maneira na qual esse importante novo tratamento poderia ser capaz de aumentar os benefícios para os pacientes e suas famílias".

"Eles também oferecem a possibilidade de tratamentos com melhor custo-benefício e com menos efeitos colaterais, porque os pacientes poderiam passar algum tempo sem o vemurafenib", diz.

Os pesquisadores acreditam ser possível que o mesmo efeito seja verificado em outros tratamentos de câncer.

Fonte: Diário da Saúde

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Vacina em forma de adesivo é absorvida pela pele em cinco minutos



Produto com vírus vivo dispensa refrigeração, elimina riscos de infecção e pode ajudar na gestão de doenças como AIDS e malária

Cientistas do Kings College London, no Reino Unido, demonstraram a capacidade de entregar uma vacina desidratada na pele sem o uso de uma agulha tradicional.

A pesquisa mostra, pela primeira vez, que a técnica é poderosa o suficiente para permitir que células imunes especializadas da pele deem o pontapé inicial nas propriedades de imunização da vacina.

A equipe acredita que o importante avanço técnico oferece uma solução potencial para os desafios da entrega de vacinas vivas em países com recursos limitados globalmente, sem a necessidade de refrigeração. Uma alternativa mais barata para as agulhas hipodérmicas, também eliminaria os riscos de segurança de contaminação e a administração livre de dor pode levar a adesão de mais pessoas.

Segundo os pesquisadores, a abordagem poderia ter um impacto além de programas de vacinação contra doenças infecciosas, por exemplo, na gestão de doenças autoimunes e inflamatórias, como o diabetes.

Doenças como AIDS, malária e tuberculose representam grandes desafios da saúde global. Embora pesquisas promissoras estejam em andamento para o desenvolvimento de vacinas para essas doenças, consideráveis obstáculos permanecem para os países onde o transporte e armazenamento de vacinas vivas em um ambiente frio não seria possível. Se a cadeia de frio não pode ser mantida, existe um risco elevado que poderia comprometer a eficácia das vacinas.

A equipe usou um molde de silicone desenvolvido por uma empresa dos EUA para criar uma matriz de microagulhas, disco minúsculo com várias microagulhas feitas de açúcar que se dissolvem quando inseridas na pele.

A abordagem consiste em desidratar o princípio ativo da vacina e armazená-la em cristais de açúcar. Depositada em um adesivo que se parece com um pequeno curativo, a sacarose é moldada para formar milhares de agulhas microscópicas, indolores, que foram absorvidas pela pele de ratos em cinco minutos.

Usando imagens eles observaram como a vacina se dissolveu na pele e foram capazes de identificar, pela primeira vez, exatamente quais células imunes especializadas na pele ' recebiam' este tipo de vacina e ativavam o sistema imunitário.

Os pesquisadores descobriram que um conjunto de sub-células dendríticas especializadas na pele foram responsáveis por desencadear esta resposta imunológica.

Quando comparado com o método tradicional de entrega por meio de agulha, a resposta imune gerada pela vacina de microagulhas desidratada (mantida à temperatura ambiente) foi equivalente à induzida pela mesma dose de vacina líquida injetada que tinha sido conservada a -80°C.

"Este trabalho abre a possibilidade de ser capaz de fornecer vacinas vivas em um contexto global, sem a necessidade de refrigeração. Ele poderia potencialmente reduzir os custos de fabrico e transporte, melhorar a segurança e evitar a necessidade de injeção com agulha hipodérmica, reduzindo o risco de transmissão de doenças pelo sangue a partir de agulhas e seringas contaminadas", concluem os pesquisadores.

Fonte: iSaúde.net

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Vacina contra HPV chega em 2013 ao SUS


Como o papilomavírus humano é altamente transmissível, a relação sexual não é a única forma de contágio. Nesse cenário, a vacina entra como uma forte arma preventiva.

De acordo com o Ministério da Saúde, a introdução da vacina contra o HPV deve acontecer ainda este ano, o que levanta a questão da prevenção do câncer de colo do útero. A prevenção desse tipo de câncer se dá pela diminuição dos fatores de risco, dentre eles a infecção pelo vírus HPV.

A utilização de métodos de barreira (uso da camisinha) ou a abstinência sexual diminuem o risco de exposição ao vírus. A realização periódica do exame preventivo ginecológico é essencial e o tratamento das lesões precursoras diminuem a incidência e a mortalidade pelo câncer do colo do útero.

— Apesar de eficaz, a vacina não protege contra todos os tipos de HPV, por isso é essencial usar camisinha nas relações sexuais, evitar múltiplos parceiros e fazer exames de rotina.

A vacina contra os vírus HPV 16 e 18 reduz a incidência de infecções persistentes e a chance de desenvolver um câncer do colo do útero em mais de 90% das mulheres vacinadas.

— O tratamento vai depender do estágio da doença, mas pode ser clínico ou cirúrgico. Por isso, reforço que os exames preventivos não podem ser esquecidos pela população.

Fontes: Futura e R7 - Saúde