quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Serviço público de saúde é ruim ou péssimo para 61%, diz pesquisa

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O serviço público de saúde é ruim ou péssimo para 61% dos brasileiros, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que encomendou o levantamento.

De acordo com a pesquisa, 10% consideram a qualidade dos serviços de saúde pública "ótima" ou "boa". O G1 procurou o Ministério da Saúde para saber qual é a avaliação do governo sobre os resultados da pesquisa, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.A demora no atendimento foi considerado o principal problema do sistema público de saúde por 55% dos entrevistados.

Para 57%, de acordo com a pesquisa, a principal medida para melhorar o atendimento na rede pública seria a contratação de mais médicos.

Intitulada "Retratos da Sociedade Brasileira: Saúde Pública", a pesquisa informa que 85% dos entrevistados não perceberam avanços no sistema público de saúde nos últimos três anos.

Os pesquisadores ouviram 2.002 pessoas em 141 municípios, entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Planos de saúde

Em relação ao acesso aos serviços de saúde, 68% dos brasileiros têm a rede pública como único ou principal meio, segundo a pesquisa, que apontou que 24% têm plano de saúde ou convênio.

Segundo o levantamento, 96% já utilizaram algum serviço em hospitais públicos ou privados.

Os hospitais públicos receberam nota média geral de 5,7 e os hospitais privados de 8,1, em uma escala de 0 a 10, informou a pesquisa.

Os profissionais dos hospitais públicos obtiveram nota média geral de 6,3. Os profissionais dos hospitais privados receberam nota 8,2, também em uma escala de 0 a 10.

Municípios

Quando os entrevistados foram questionados sobre o sistema de saúde na cidade onde residem, 54% consideraram péssima ou ruim a qualidade dos serviços e 19% consideraram ótima ou boa.

A melhor avaliação do sistema público de saúde da cidade do entrevistado é na região Sul. Para 30% dos residentes nessa região, a qualidade do sistema de sua cidade é considerada “ótima” ou “boa”. No Sudeste, 19% consideram o serviço “ótimo” ou “bom”, e nas regiões Norte e Centro-Oeste, 14%.

A pior avaliação é na região Nordeste, onde 62% dos residentes consideram a qualidade do sistema público de saúde de sua cidade “ruim” ou “péssima”.

Imposto para a saúde

Apesar de 95% dos entrevistados reconhecerem a importância e a necessidade de se destinar mais recursos para a saúde, somente 4% dos entrevistados disseram acreditar que é necessário aumentar impostos para se obter mais recursos para o setor.

Para 82% dos entrevistados, o governo pode conseguir recursos adicionais para a saúde se acabar com a corrupção.

Prevenção

A pesquisa aponta ainda que 71% concordam, total ou parcialmente, que as políticas preventivas são mais importantes que a construção de hospitais para melhorar a saúde.

O programa de campanhas de vacinação é o melhor avaliado pela população, com nota média de 8,8 em uma escala de 0 a 10. O programa Farmácia Popular recebeu nota 7,4 e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), 7,2.


Sobre medicamentos, 82% dos entrevistados concordam, total ou parcialmente, que o medicamento genérico é tão bom quanto o de marca.

E 84% concordam, total ou parcialmente, que a venda de remédios só deve ser permitida com a apresentação e retenção de receita médica.


A pesquisa mostra que um em cada três trabalhadores perdeu pelo menos um dia de trabalho nos últimos 12 meses por motivos relacionados à saúde e 7% dos trabalhadores perderam pelo menos um dia de trabalho nos últimos 12 meses por motivos relacionados a acidentes de trabalho.

Fonte: G1 Brasil

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