quarta-feira, 30 de maio de 2012

Marcha das Vadias: um convite à reflexão

O EAD - Enfermagem a Distância apoia essa luta!

Na tarde de sábado (26), mulheres de diferentes faixas etárias participaram da 2ª edição da Marcha das Vadias, um movimento que pedia o fim da violência contra a mulher, fosse ela verbal, sexual ou física. 

Algumas manifestantes traziam dizeres pintados nos corpos e usavam itens sensuais femininos, como meia arrastão. Representantes do sexo masculino também aderiram à causa e participaram da marcha.

Marcha das Vadias um convite à reflexão

A Marcha das Vadias tem como fonte de inspiração o "Slut Walk", um movimento mundial criado em abril de 2011. Tudo começou quando um oficial da polícia de Toronto (Canadá), disse que as mulheres deveriam parar de se vestir como vadias para evitar estupros.

Além de lutar pelo fim do julgamento da mulher pela sua sexualidade e aparência, a manifestação tinha também o objetivo de ratificar os direitos femininos e de acabar com a responsabilização das vítimas. Neste caso, a mulher passaria a ser culpada pelo dano que sofreu, isentando o abusador da culpa. 

"Não sou objeto, pra você usurpar. Eu quero liberdade, e calada não vou ficar! Não somos estupráveis! não somos controláveis."

Vai acontecer no dia 02 de Junho em Cuiabá (MT), a Marcha das Vadias. Um dia para se marchar, lutar e defender a liberdade feminina.

"Nosso corpo não nos pertence, libertação sexual é só uma farsa voltada aos interesses dos homens? Unicamente aos interesses dos homens?"

Um exemplo tupiniquim de machismo e desrespeito com as mulheres, que também impulsionou a marcha em São Paulo, foi a declaração do humorista Rafinha Bastos: "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia! Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço", disse o humorista. O mais triste de tudo isso, é que esse tipo de comentário não vem só de homens. Há casos, e mais casos, onde mulheres recriminam outras pela forma como se vestem.

Nada justifica a violência contra a mulher.

E mediante a tudo isso, está mais do que claro que a liberdade sexual para a mulher é uma farsa. Estupros não são piadas, são violências e causam um enorme sofrimento às vítimas. Protestos como esses servem para fazer a sociedade abrir os olhos e perceber que do jeito que está não dá para ficar.

Fonte: Vila Mulher
Adaptação: Ana Laís

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