quarta-feira, 9 de maio de 2012

Segundo bebê prematuro morre à espera de leito em UTI em Brasília

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Mortes ocorreram nesta terça, no Hran; outro prematuro aguarda vaga.
Secretário-adjunto diz que há fila de 16 bebês por vaga em UTIs neonatais.

Dois bebês prematuros morreram em um intervalo de menos de dez horas nesta terça-feira (8) no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília. Os recém-nascidos aguardavam vaga em leitos na UTI Neonatal do hospital. A primeira morte foi registrada às 12h50 e a segunda, por volta das 22h15. Uma terceira criança prematura, em estado grave, deve ser transferida para o Hospital Regional da Asa Sul.

Segundo o secretário-adjunto de Saúde do DF, Elias Miziara, há uma fila de 16 bebês no Distrito Federal que esperam vagas em UTIs neonatais. “A do Hran é considerada pela secretaria como intermediária. Há dez leitos, mas não temos condições de atender a pacientes que vêm de fora do DF”, disse. As mães dos dois bebês mortos são de cidades do Entorno.

Miziara afirmou ainda que no DF há 76 leitos nas UTIs neonatais. “Há outros 20 prontos para ser usados no Hospital do Gama e no Hras, mas faltam profissionais. Na última convocação que fizemos, somente quatro neonatologistas se inscreveram”, disse.

De acordo com a direção do Hran, a mãe do bebê que morreu durante a noite chegou à unidade com 24 semanas de gestação, sem saber que estava grávida e no momento do parto, o que não possibilitaria uma transferência para outra unidade.

O diretor do hospital, Paulo Feitosa, afirmou que as chances de um bebê com 24 semanas sobreviver são pequenas. “É praticamente impossível que ele viva. O Hran não é referência em prematuros, mas a mãe saiu de Valparaíso e quando deu entrada aqui no hospital recebeu o atendimento necessário. Não poderíamos negar atendimento. Não faltou nada, estrutura ou equipamentos”, disse Feitosa.

A responsável pela neonatologia do Hran, Martha Vieira, disse que se o bebê tivesse sido atendido no Hospital Regional da Asa Sul (Hras), especializado em pediatria, o atendimento seria o mesmo. “O pós-parto feito aqui no Hran foi o correto. O problema maior é o serviço de três ou quatro meses que é feito pós-primeiro atendimento”, afirmou.

Fonte: G1 - Ciência e Saúde

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