quinta-feira, 1 de março de 2012

Esquecimento

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Deu um branco? A culpa pode ser da porta


Deu um branco

Todos nós já passamos por isso: a frustração de entrar em uma sala e esquecer o que fomos fazer, ou pegar, ou procurar lá.

Agora, o Dr. Gabriel Radvansky, da Universidade de Notre Dame (EUA), acredita ter encontrado não exatamente a chave para esse enigma, mas mais propriamente a passagem para ele.

Segundo seus estudos, o que causa o "branco" repentino é justamente o fato de passar por uma porta.

Arquivamento de memórias

"Entrar ou sair através de uma porta serve como uma 'fronteira de eventos" para a mente, que separa os episódios de atividade e arquiva os que ficaram para trás," propõe ele.

Assim, lembrar a decisão que lhe levou até aquela sala, decisão esta que havia sido tomada em uma sala diferente, é difícil porque sua mente também já colocou aquele evento anterior em sua própria "sala mental", como se você não fosse mais precisar dele.

O Dr. Radvansky chegou a esta conclusão depois de fazer três experimentos, usando tanto ambientes reais quanto ambientes virtuais.

Nesses experimentos, estudantes executavam tarefas de memória enquanto caminhavam, ou por uma sala apenas, ou por uma sala até chegar a uma segunda sala, passando por uma porta.

Os estudantes sempre se esqueceram mais quando atravessaram a porta, mesmo quando caminhavam exatamente a mesma distância. O resultado foi o mesmo tanto em ambientes reais quanto virtuais.

Fronteira de eventos

Mas ainda faltava tirar algo a limpo, uma vez que pesquisas anteriores mostraram que estar no mesmo ambiente onde uma informação foi aprendida ajuda a se recordar da informação.

Os voluntários tinham que escolher um dentre vários objetos e, a seguir, andar por várias salas em sequência, mas sempre voltando para a sala original onde fizeram sua escolha.

Não adiantou: em comparação com o grupo que não passou pelas portas, voltar ao ambiente original não melhorou a capacidade dos estudantes em se lembrar da sua escolha inicial.

Os cientistas concluem que o ato de passar através da porta serve como um mecanismo que diz para a mente arquivar o que já passou, um mecanismo forte o suficiente para anular o benefício de voltar ao ambiente original.

Fonte: Diário da Saúde

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