quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cirurgia para perda de peso reduz risco de problemas cardíacos por sete anos

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Colesterol, triglicérides e níveis de proteína c-reativa estão entre os 11 fatores de risco que permanecem reduzidos após cirurgia

Colesterol, triglicérides e níveis de proteína c-reativa estão entre os 11 fatores de risco para ataque cardíaco que permanecem reduzidos até sete anos após realização de cirurgia de bypass gástrico. É o que aponta estudo apresentado em reunião da American Society for Metabolic e Bariatric Surgery (ASMBS).

"Os pacientes tiveram risco de ataque cardíaco significantemente reduzido no primeiro ano após a cirurgia e os benefícios foram mantidos a longo prazo", diz o principal autor do estudo, John Morton, da Universidade de Stanford (EUA). Os pesquisadores também observaram reduções significativas na pressão arterial e em marcadores do diabetes, como: insulina em jejum e hemoglobina A1c.

A equipe de Morton avaliou e acompanhou por três anos 182 pacientes submetidos à cirurgia de bypass gástrico. Os pacientes tinham em média 44 anos e índice de massa corporal (IMC) médio de 47- que indica obesidade mórbida. O projeto foi realizado entre 2003 e 2011.

Os investigadores analisaram as mudanças em 11 fatores de risco conhecidos por aumentar probabilidade futura de ataques cardíacos ou de doenças da artéria coronária. Estes fatores incluíam: síndrome metabólica, níveis de lipídios e colesterol, níveis de homocisteína (aminoácido), escore de risco para Framingham e níveis de proteína c-reativa - considerado um dos indicadores mais importantes de doença cardíaca futura.

Nos sete anos de acompanhamento, os pacientes mantiveram perda de cerca de 56% do excesso de peso após a cirurgia, passando de aproximadamente de 130 kg para cerca de 90 kg. Antes do procedimento, quase um quarto dos pacientes estavam fazendo uso de estatinas e medicação para redução do colesterol. Após a cirurgia, o uso destes medicamentos foi interrompido.

Os pacientes verificaram 40% de aumento em lipoproteínas de alta densidade (o bom colesterol bom), queda de 66% nos níveis de insulina em jejum e quedas acentuadas em triglicérides, que foram reduzidas em 55%. Proteína c-reativa de alta sensibilidade registrou queda de 80% (10,9-2,6 mg / dL). O escore de risco para Framingham - ferramenta que prediz risco futuro de eventos cardíacos - também diminuiu em cerca de 40%.

"Uma redução de 80% no nível de proteína c-reativa é uma queda surpreendente", diz Morton. "Isto é significativamente melhor do que a melhor terapia médica tem demonstrado para controlar a natureza inflamatória da obesidade, que pode ser revertida com a cirurgia para perda de peso."

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e com a American Heart Association, níveis de proteína c-reativa maior do que três indicam risco aumentado de doenças cardiovasculares, incluindo ataques cardíacos e derrames. A doença cardíaca é a principal causa de morte nos Estados Unidos.

Fonte: Isaude.net

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