sexta-feira, 22 de junho de 2012

Substratos encontrados em plantas africanas podem curar a depressão

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Espécies Crinum e Cyrtanthus contêm compostos que se ligam a proteínas transportadoras desarmando a barreira protetora do cérebro

Imagem mostra planta da espécie Cyrtanthus pesquisada no estudo 

Cientistas da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que os compostos de plantas encontradas na África do Sul podem ser usados para tratar doenças originadas no cérebro, incluindo a depressão.

Os resultados, publicados no Journal of Pharmacy and Pharmacology, sugerem que substâncias encontradas nas espécies Crinum and Cyrtanthus podem levar a novas drogas que agem diretamente sobre os mecanismos no cérebro que estão envolvidos nos sintomas depressivos.

Para o trabalho, Birger Brodin e seus colegas utilizaram um modelo de laboratório da barreira hemato-encefálica que isola o cérebro do sistema circulatório.

Testando as espécies Crinum and Cyrtanthus nesse modelo de laboratório, eles descobriram que as plantas contêm compostos com potencial para se ligarem a proteínas transportadoras no cérebro e desarmar a barreira sangue-cérebro.

"Este estudo foi realizado em um modelo celular geneticamente modificado da barreira hemato-encefálica que contém altos níveis do transportador P-glicoproteína. Nossos resultados são promissores, e vários dos compostos químicos das plantas devem ser testados como candidatos para o desenvolvimento de medicamentos a longo prazo", explica Brodin.

Segundo os pesquisadores, o maior desafio no tratamento médico de doenças do cérebro é que as drogas atuais não conseguem passar através da barreira sangue-cérebro. "Os vasos sanguíneos do cérebro são impenetráveis para a maioria dos compostos, uma razão para isso pode ser a atividade em excesso das proteínas transportadoras. Pode-se dizer que as proteínas bombeiam os medicamentos para fora das células tão rapidamente como eles são bombeados para dentro. Por isso, é de grande interesse encontrar compostos que conseguem enganar essa linha de defesa", afirma o pesquisador.

Apesar dos resultados promissores, a equipe ressalta que esta é a primeira etapa de um processo demorado, por isso vai levar algum tempo antes que uma droga eficaz baseada nessas espécies de plantas chegue ao mercado.

Fonte: Isaude.net

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