Cientistas analisaram
genes de verme similares aos do homem.
Descoberta pode abrir
portas para tratar e prevenir as duas doenças.
Um estudo de duas
universidades americanas publicado na edição de junho da revista “Genetics”
estabelece um novo elo genético entre o Alzheimer e a diabetes.
Cientistas do
Departamento de Biologia da City College e da City University, ambas em Nova
York, demonstraram que um gene do verme Caenorhabditis elegans – espécie de
nematódeo que mede cerca de 1 milímetro – é similar a um gene humano
relacionado à doença de Alzheimer e também está envolvido em vários processos metabólicos, como o da
insulina produzida pelo pâncreas.
A resistência à
insulina é uma das causas da diabetes tipo 2. Esse hormônio começa a ter
dificuldade de metabolizar o açúcar no sangue, que acaba não entrando nas
células e se acumulando na circulação.
Segundo o pesquisador
Chris Li, mutações em três genes – incluindo o da proteína precursora do
amiloide, cujo depósito leva ao desenvolvimento do Alzheimer – vêm sendo relacionadas a formas hereditárias de demência em humanos.
Os vermes investigados
tinham alterações no gene APL-1, ligado ao Alzheimer, e nos genes
envolvidos no processamento da insulina. Os cientistas identificaram que o
APL-1 causou interrupções severas no desenvolvimento dos animais, enquanto
mutações compensatórias no metabolismo da insulina inverteram esses “defeitos”.
Os estudiosos esperam
agora que essa descoberta ajude a criar novos tratamentos contra as duas
doenças.
O editor-chefe da
"Genetics", Mark Johnston, diz que o achado é especialmente
importante porque vem ao encontro do novo compromisso do governo dos EUA para
tratar e prevenir o Alzheimer até
2025.
Fonte: Bem Estar
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