sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Atividade física extrema pode danificar o coração


Distensões no músculo cardíaco

A prática excessiva de exercícios pode danificar o coração, indica um pequeno estudo feito por especialistas australianos.

Exames de ressonância magnética de 40 atletas que se preparavam para participar de eventos esportivos extremos, como triatlos ou competições de ciclismo em montanha, revelaram que a maioria apresentava distensões no músculo cardíaco.

A maior parte se recuperou completamente depois de uma semana, mas cinco dos atletas, que vinham treinando há mais tempo, apresentaram cicatrizes - possivelmente um indício de danos permanentes.

Treinamento sensato

A equipe da Universidade de Melbourne disse à revista científica European Heart Journal que as alterações encontradas poderiam, no futuro, provocar problemas cardíacos como a arritmia.

Mas eles enfatizaram que não se deve concluir, com base nesse estudo, que esportes extremos sejam ruins para a saúde.

Para a maioria dos atletas, uma combinação de treinamento sensato e recuperação adequada deve trazer melhorias na função do músculo cardíaco, os pesquisadores disseram.

A equipe disse que são necessários mais estudos para aprofundar a questão e fazer um acompanhamento de longo prazo.

Treinamento extremo

O diretor médico da Maratona de Londres, Sanjay Sharma, disse que os resultados convidam à reflexão, mas concordou que é preciso fazer mais pesquisas.

"Minha opinião é de que exercícios extremos provavelmente causam danos ao coração em alguns atletas. Não acredito que o corpo humano seja desenhado para (suportar) exercícios durante até 11 horas por dia, então danos ao coração não são implausíveis."
Shama disse, no entanto, que era cedo para dizer se a prática de esportes radicais causa danos a longo prazo.

Doireann Maddock, representante da British Heart Foundation, disse que as pessoas não devem deixar de fazer exercícios com base no novo estudo.

"É importante lembrar que os benefícios da atividade física para a saúde estão bem estabelecidos. Os atletas altamente treinados envolvidos nesse estudo estavam competindo em eventos de longa distância e treinavam mais de dez horas por semana", afirmou.

"Mais pesquisas de longo prazo serão necessárias para determinar se os exercícios extremos podem causar danos ao ventrículo direito em alguns dos atletas."

Fonte: Diário da Saúde


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