quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cientistas querem regenerar coração após infarto


Reparação cardíaca

Uma nova técnica promete revolucionar a área do tratamento de doenças isquêmicas do coração, como o infarto agudo do miocárdio.

Pesquisadores do Brasil e de outros países pretendem substituir músculos cardíacos danificados e induzir a formação de novos vasos em pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio por meio do uso de células-tronco e embrionárias.

Denominada reparação cardíaca biológica, a técnica começou a ser explorada nos últimos anos por grupos de pesquisa como o de José Eduardo Krieger, do Instituto do Coração (InCor).

Mas o método precisa superar desafios antes de chegar à aplicação clínica. "Apesar de já termos evidências de que a indução da formação de novos vasos cardíacos é possível, a tão necessária substituição de músculos cardíacos danificados ainda é uma miragem", disse Krieger.

Regeneração dos músculos cardíacos

Em um estudo publicado em 2009 na revista Science, um grupo da Suécia conseguiu estabelecer a idade de músculos cardíacos por meio de técnicas de datação por incorporação de carbono 14 ao DNA de pessoas expostas à radioatividade gerada por testes de bombas nucleares durante a Guerra Fria.

Os cientistas suecos constataram que os músculos cardíacos humanos apresentam capacidade de renovação de 1% a 2% anualmente nas primeiras décadas de vida e de 0,45% a partir da quarta década, em que a probabilidade de um infarto do miocárdio é maior.

As taxas de renovação indicaram que cerca de 50% das células dos músculos cardíacos humanos são substituídos ao longo de toda a vida de uma pessoa com 70 anos, sugerindo que o desenvolvimento de estratégias terapêuticas, como a reparação biológica cardíaca, poderá estimular esse processo.

"Esse percentual de renovação dos músculos cardíacos na quarta a sétima década de vida pode parecer insuficiente para reparar um infarto, mas é uma evidência muito importante de que mesmo nessa fase ainda existe renovação celular. E o que estamos querendo fazer é, eventualmente, explorar isso do ponto de vista terapêutico", disse Krieger.

Fonte: Diário da Saúde


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