segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pacientes renais dividem esperança no Natal


Um dos objetivos da confraternização foi chamar a atenção para as campanhas de prevenção à doença

No Ceará, 3.322 pacientes se submeteram a tratamento dialítico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no último mês de outubro. De 80 a 100 novos pacientes por milhão de habitantes surgem todo o ano. No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com a doença renal crônica. Estes são dados apresentados pela Fundação do Rim. A divulgação ocorreu, ontem, na casa de José de Alencar, por ocasião da realização do I Encontro Cearense de Pacientes Renais, promovido pela Associação do Pacientes Renais do Ceará (Asprece) em parceria com a fundação.

O encontro teve a incumbência de mostrar o número crescente de casos de pacientes portadores de insuficiência renal no Estado. Além de chamar a atenção para as campanhas de prevenção à doença, buscar saídas para a profissionalização e geração de trabalho e renda para esses pacientes e capacitar profissionais para atuarem na área especializada de auxiliar de enfermagem e enfermagem. A troca de experiências entre pacientes e seus familiares, aproveitando o clima de confraternização natalina junto com as apresentações artísticas e relatos de pacientes, movimentaram a manhã dos participantes do evento.

O presidente da Fundação do Rim, Paulo Rossas Mota, disse que esta era a oportunidade que as entidades à frente do encontro tinham em procurar ajudar a que os pacientes de insuficiência renal continuassem sonhando e que todos estavam ali para construir este sonho. "Todos temos o direito e devemos sonhar", afirmou. Com relação à qualidade do atendimento prestado aos pacientes renais, Paulo acrescenta que é muito boa. "Temos equipamentos de diálise de última geração. Avançamos muito em termos de transplantes, hoje possuímos de 250 a 260 transplantados no Estado. No entanto, a demanda de pacientes à procura do transplante é muito grande e a oferta de rins é diminuta", finalizou.

O mais antigo paciente em tratamento renal no Estado, José Rubens de Castro, 57, há 37 anos se submetendo a diálise, falou sobre os avanços alcançados no tratamento que hoje, considera muito menos problemático. "O paciente não deve encarar seu problema como o final de tudo, mas sim como o começo de uma nova etapa da vida. É tudo uma questão de adaptação e amor à vida", ensinou.

Transplantada no último mês de maio, Ana Lúcia Alves Gondim, 44, era só alegria no evento. "Estou muito feliz de estar aqui participando desse clima em familiar e acolhedor. Passei 18 anos em tratamento e agora consegui uma nova esperança de vida melhor".

ADALMIR PONTE
REPÓRTER

 Fonte: Diário do Nordeste

O EAD – Enfermagem a Distância ( www.enfermagemadistancia.com.br ) disponibiliza o curso: Atualização em Diálise Peritoneal, acesse e confira!

0 comentários:

Postar um comentário